Durante meu intercâmbio, aprendi uma lição poderosa sobre como nos relacionamos com o mundo: o conceito de Givers and Takers. Mas o que isso significa, Letícia? Vamos lá! Em inglês, giver significa ‘doador’ — aquele que oferece algo ou toma iniciativa — enquanto taker significa ‘tomador’ — aquele que apenas recebe. Esse termo, amplamente discutido nos Estados Unidos, nos ajuda a entender como as pessoas contribuem ou simplesmente se beneficiam nas relações sociais, emocionais e profissionais.
Ser um giver vai muito além de doar dinheiro ou bens materiais. É sobre a disposição genuína de oferecer tempo, conhecimento, apoio e até mesmo oportunidades para que outras pessoas cresçam. Givers são aqueles que estendem a mão sem esperar nada em troca, impulsionados por um senso de propósito e colaboração. Eles criam conexões profundas, inspiram confiança e, muitas vezes, são o alicerce das comunidades ao seu redor. Você já conheceu alguém assim? Aquela pessoa que se doa sem medir esforços, que se preocupa de verdade e faz questão de ajudar, mesmo quando ninguém está olhando? Vale a pena a reflexão!
E à medida que a vida avança, e um indivíduo evolui em sabedoria, conhecimento e na maneira de tratar o próximo, ele se torna cada vez mais capaz de assumir o protagonismo de um giver em sua jornada. Pessoas que, ao longo de suas vidas, decidiram ser agentes de mudança e contribuição, oferecem exemplos poderosos de como ser verdadeiramente generoso. Aqui estão alguns exemplos de figuras que, em grande parte de sua existência, escolheram o caminho de givers:
Albert Einstein:
Além de suas descobertas científicas, Einstein usou sua fama e influência para lutar por causas como a paz mundial, os direitos civis e a educação, contribuindo com o bem-estar coletivo sem buscar benefícios pessoais.
Oprah Winfrey:
Ao longo de sua carreira, Oprah tem se dedicado a causas filantrópicas, doando milhões para educação e auxílio a comunidades em dificuldades, além de usar sua plataforma para dar voz a causas sociais importantes.
Nelson Mandela:
Mandela foi um verdadeiro giver ao dedicar sua vida à luta contra o apartheid, sacrificando sua própria liberdade para melhorar a vida de milhões de sul-africanos. Após ser libertado da prisão, ele buscou a reconciliação e a cura para um país devastado pela divisão racial.
Enquanto os givers focam em contribuir e agregar valor ao coletivo, os takers tendem a priorizar seus próprios interesses, aproveitando oportunidades criadas por outros. O taker se destaca por sua abordagem mais pessoal e individualista, buscando maximizar seus ganhos pessoais. Em vez de investir ativamente no sucesso coletivo, ele tende a focar em oportunidades que o beneficiem diretamente, muitas vezes avaliando relações e interações com base no que podem lhe proporcionar.
E você, em suas interações diárias, percebe-se mais como um giver ou um taker?
Em muitas situações, o segredo está em encontrar o equilíbrio entre ser um giver e um taker. A vida, com seus altos e baixos, inevitavelmente nos coloca em momentos onde precisamos receber apoio e ajuda dos outros — e isso é completamente natural! O que realmente importa é manter a intenção de, sempre que possível, ser um giver, contribuindo para o bem-estar dos outros. A generosidade não está apenas em dar o que temos, mas em oferecer apoio, mesmo nas pequenas ações, sempre que as circunstâncias permitirem.
Independentemente das adversidades que enfrentamos, podemos escolher o papel que desempenhamos de forma predominante em nossas vidas. Aprendi que ser um giver é uma das escolhas mais gratificantes que podemos fazer. Afinal, o verdadeiro sucesso não está apenas no salário que recebemos ou na profissão que exercemos, mas no valor que agregamos às vidas das pessoas ao nosso redor e na influência positiva que deixamos.
Minha experiência internacional me mostrou que estar sempre disposto a ajudar e fazer o bem sem esperar nada em troca é uma das escolhas mais enriquecedoras da vida. De fato, não há curso ou dinheiro que compre a sabedoria que nasce de atitudes altruístas. Algumas lições, a gente só aprende vivendo.
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